POR JOSÉ ARANHA JÚLIO

Alguns segmentos da economia brasileira têm passado por muitos desafios, devido ao que vivenciamos nesses últimos tempos, e o que se tem apresentado atualmente.

Para o segmento educacional privado também não é diferente, atravessando muitos desafios e adversidades.

Contudo isso o segmento educacional privado tem sido alvo de grandes players, sendo esta uma forma de acelerar seu crescimento, ou seja, ocupar mais share no segmento através das aquisições num mercado cheio e vasto de oportunidades.

A gestão nas Escolas privadas, com exceção de algumas, não se prepararam para o momento atual como também ter objetivos claros para os próximos cinco anos.

Costumo dizer que os gestores se envolvem excessivamente na operação e esquecem a estratégia.

O que vem ocorrendo com muita frequência no segmento educacional privado é a falta de sucessão para o negócio, e quando há não foi feita de forma correta, desta forma, perde-se espaço num mercado muito concorrido.

É neste momento que muitas vezes os sócios fazem a opção pela venda da Escola, e muitos de forma abrupta, ou seja, sem nenhuma preparação com antecedência, consequentemente por falta de sucessão, litígio societário, perda de alunos, margens baixas e prejuízos sendo acumulados.

Os gestores deveriam ter a exata noção que ferramentas de gestão são essenciais e é imprescindível para o negócio, agir com a razão e deixar a emoção de lado.

Conhecer com segurança todos os níveis de ensino da sua Escola, ou seja, educação infantil, ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio. Saber com segurança qual nível de ensino está mais rentável, qual o custo para formar um aluno/ano

desse nível de ensino, qual a lucratividade por aluno, qual o ponto de equilíbrio em quantidade de alunos por turma, qual o Ebtida por nível de ensino, turma, aluno, etc, ou seja, ter todas as informações para avaliar a condução do negócio Escola.

Muitos gestores do segmento educacional privado esperavam crescimento e taxas de ocupação maiores em 2022. Mas se depararam com a estagnação dessas taxas e em alguns casos até retração no número de matrículas.

O segmento educacional privado, conforme temos vivenciado, perdeu em média um (1) milhão de alunos, perda relacionada diretamente no nível da educação infantil e fases iniciais do ensino fundamental I.

O gestor tem que estar preparado e amparado com todas as ferramentas sólidas, para tomar a melhor decisão e saber qual direção seguir, saber se reinventar, reestruturar e criar valor para o negócio Escola.